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PSICÓLOGO E QUAL O SEU PAPEL?
Por vezes, podemos sentir que não conseguimos lidar com a nossa vida… Com os nossos problemas… Situações momentâneas ou situações mais complexas… Podemos estar mais tristes, mais ansiosos, a ultrapassar uma crise ou, até mesmo, com dificuldades em gerir perda(s), separação/ões ou culpa.
Um psicólogo funciona como um organizador da mente. É alguém que entra na nossa “casa” e vai ajudando a arrumar cada uma das divisões, que compreende as nossas maiores dificuldades e potencia as nossas qualidades.
Através do apoio psicológico é possível aprender maneiras mais construtivas de se lidar com os detalhes da vida pessoal, profissional e/ou familiar.
O papel da psicologia e do psicólogo não é “curar”, ele tem como base ajudar a pessoa a resolver os seus problemas, a enfrentar as suas dificuldades, a compreender-se a si própria, a aceitar-se, a procurar estabilidade emocional, etc.
É um caminho a dois, onde o actor principal é a pessoa, o psicólogo está ao seu lado, a acompanhá-la. É um investimento em si, em algo apenas seu e feito por si.
Neste caminho, não há comprimidos milagrosos nem soluções instantâneas, ninguém vai poder tomar o seu lugar para decidir por si sobre o que será melhor, é um percurso de autoconhecimento, motivação e consciencialização para poder atingir algo como a “felicidade”.
Já dizia Freud, no seu tempo e ainda hoje é verdade, “A ciência moderna ainda não produziu um medicamento tranquilizador tão eficaz como o são umas poucas palavras boas”. Esta necessidade de “medicamento tranquilizador” pode acontecer por muitos motivos, sendo o mais comum e em poucas palavras: “Não me sinto feliz…”
E assim se inicia a procura por um psicólogo, algo não está bem.
O psicólogo baseia a sua intervenção na relação terapêutica e escura activa, onde levanta hipóteses terapêuticas, suporta emocionalmente, demonstra a(s) “problematia(s)” e reorganiza para o regresso ao equilíbrio.
- Tristeza (extrema)
- Ansiedade
- Choro constante
- Raiva desproporcional com coisas pequenas
- Falta de concentração
- Inquietude exagerada
- Dificuldade em gerir situações difíceis
- Sentir-se assoberbado/a com o dia-a-dia (i.e., falta de vontade de sair da cama, de fazer as suas rotinas, …)
- Baixa autoestima
- Dificuldades em dormir ou em levantar-se da cama (muito sono)
- Dificuldade em gerir sentimentos ou emoções
- Sentimentos de culpa
- Dificuldades relacionais (na vida pessoa ou profissional)
- Fobias/medos
- Situações pontuais de crise ou mais difíceis (i.e., luto, perdas, divórcio, separação, …)
- Vontade de se conhecer melhor a si próprio

PRIMEIRA SESSÃO DE PSICOLOGIA?
“O que será que o Psicólogo vai perguntar?”
“Será que o que vou dizer faz sentido?”
“Será que vai pensar mal de mim?”
Chegar à primeira sessão pode ser o mais custoso, pensar no que se vai dizer… Como vai ser/correr…
Vamos com calma, antes de mais o psicólogo não o vai julgar, nem estereotipar ou criticar, portanto, esteja à vontade para falar do que sente que faz sentido para si e depois iremos partir desse tema e trabalhar de forma terapêutica o(s) assunto(s).
Nesta sessão, o psicólogo tenta perceber o que é que o/a leva até ali e faz algumas perguntas sobre a sua vida pessoal, profissional, social, (…) para o/a conhecer, só assim é que vai compreendê-lo enquanto pessoa, tal como é. As perguntas não são feitas ao acaso, pelo contrário, esta primeira conversa, dá ao psicólogo informações valiosas para saber quais os seus objectivos e qual o caminho que se pode traçar.
Esta questão é difícil de responder, há muitos factores que influenciam a duração, tais como a problemática que o/a faz procurar, os objectivos traçados e a forma como gere o trabalho da terapia.
Há pessoas que estão em acompanhamento anos e anos e outras que “só” precisam de “relativamente pouco tempo”… Cada pessoa é única.
Seja como for, o trabalho terapêutico visa a autonomia e não a dependência, é feito para que, sessão a sessão, existam ganhos e estejamos mais próximos dos resultados pretendidos. Cada terapia tem a sua duração, apenas depende de si.
PSICÓLOGO, QUAL O SEU CONTRIBUTO?
Existe uma vantagem financeira e humanitária para se investir e reconhecer a intervenção do Psicólogo, quer na redução do sofrimento quer na promoção do bem-estar.
Não se intervir nas questões da saúde mental que, muitas vezes acontece pela desvalorização social, pode custar ao SNS vários milhares e, consequentemente, à economia pode custar perdas de produtividade. Contudo, com a existência de uma intervenção adequada, os estudos demonstram mais-valias de custo-benefício.
Quando as ciências psicológicas são aplicadas aos contextos de vida, familiar, educativa, ambiental, laboral, serviço público e comunitária, o potencial e a produtividade aumentam.
Apesar de todos os estudos e mais-valias já evidenciadas, ainda há muitas pessoas que poderiam beneficiar deste apoio (tendo ou não perturbação mental), no entanto, não o recebem devido a recursos limitados, aos estigmas associados e/ou à falta de profissionais qualificados.)
Um psicólogo não deveria ser para ir em último recurso, até porque o caminho vai ser mais longo e, possivelmente, mais doloroso, quando arrastamos os nossos problemas até ao ponto de ruptura.
A psicologia e psiquiatria são ciências complementares, uma no campo médico e farmacológico e outra no campo psicológico, é importante de consciencializar esta distinção e complementaridade. Podemos precisar de uma valência ou de outra, ou até de ambas ao mesmo tempo.
Pode acontecer, basicamente, quando sentimos “não sou feliz e não sei por onde começar”.
